ATA DA TRIGÉSIMA NONA SESSÃO SOLENE DA TERCEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA LEGISLATURA, EM  31.10.1991.

Aos trinta e um dias do mês de outubro do ano de mil novecentos e noventa e um reuniu-se, no Plenário do Otávio Rocha, a Câmara Municipal de Porto Alegre, em sua Trigésima Nona Sessão Solene da Terceira Sessão Legislativa Ordinária da Décima Legislatura. Às dezessete horas e vinte e seis minutos, constatada a existência de “quorum”, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos da presente Sessão Solene, destinada à entrega dos Títulos Honoríficos de Cidadãos Eméritos aos Senhores Lúcio Araújo de Quadros, Salvador Antonio Hackmann Célia e Rachel Cagi, concedidos através dos Projetos de Resolução nºs 12/91 (Processo nº 1010/91), do Vereador João Motta; 63/90 (Processo nº 2652/90), do Vereador Nelson Castan; e 17/91 (Processo nº 1324/91), da Vereadora Letícia Arruda, respectivamente. A seguir, o Senhor Presidente convidou os Líderes de Bancada a conduzirem ao Plenário as autoridades e personalidades presentes. Compuseram a Mesa: Vereador Antonio Hohlfeldt, Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre; Senhor Luís Carlos Lisboa, representando o Prefeito Municipal de Porto Alegre; Senhor Firmino Sá Brito, representando a Associação Riograndense de Imprensa; Senhor Joelson Gomes da Silva, Presidente do Sindicato de Manequins e Modelos do Estado; Senhor Ozy Azeredo, representando o Deputado Estadual Mauro Azeredo; Senhora Rachel Cagi, Homenageada e seu esposo, Senhor Erni Rodolfo Reis; Senhor Lúcio Araújo de Quadros, Homenageado, e sua esposa, Senhora Jussara Helena Lima de Quadros; Senhor Salvador Antonio Hackmann Célia, Homenageado, e sua esposa, Senhora Isabel Célia, e o Vereador Leão de Medeiros, 1º Secretário da Casa. Em continuidade, o Senhor Presidente convidou a todos para ouvirem, de pé, o Hino Nacional. Após, manifestou-se acerca do evento e concedeu a palavra aos oradores que falariam em nome da Casa. A Vereadora Letícia Arruda destacou o desempenho das atividades da Senhora Rachel Cagi no mundo da moda, diante dos meios de comunicações, enumerando os predicados que caracterizam a Homenageada e citando poema de Mário Quintana. Após, o Senhor Presidente registrou as presenças, no Plenário, dos Senhores Abraão Goldstein, Raul Carrion, Wilson Müller, das Senhoras Maria Luiza Campos, Alexandra de Quadros, Eva Sopher e dos Vereadores de Canela, Emílio Fortes, Cláudio e Ernesto Comelatti. Após, o Vereador Nelson Castan discorreu sobre a formação profissional do Senhor Salvador Antonio Hackmann Célia, ressaltando a importância do Projeto Vida, um trabalho social feito na Zona Norte de nossa Cidade. E o Vereador João Motta falou sobre a vida do Senhor Lúcio Araújo de Quadros, afirmando ser o mesmo um patrimônio da música gaúcha. Enumerou os vários trabalhos feito pelo Homenageado, discorrendo sobre os espetáculos por ele apresentados. Na ocasião, o Senhor Presidente registrou o recebimento de correspondência referente ao evento da Senhora Dirce Ferrari, do Deputado Estadual Valdir Fraga, do General Ives Marconti, do Senhor José Carlos de Mello D'Ávila, do Deputado Estadual Glei Santana, da Senhora Miriam Longo Tormann, de Mirna e Jorge Appel, do Governador do Estado, Senhor Alceu Collares, do Vice-Governador do Estado, do Secretário de Estado da Indústria e Comércio, do Secretário de Estado do Trabalho, Ação Social e Comunitária, do Senhor Adroaldo Moreira, do Deputado Estadual Luiz Carlos e do Senhor Mário Azeredo, passando-a às mãos dos Homenageados. Em continuidade, o Senhor Presidente concedeu a palavra à Senhora Rachel Cagi e aos Senhores Salvador Antonio Hackmann Célia e Lúcio Araújo de Quadros, que agradeceram os Títulos hoje recebidos da Casa. Após, o Senhor Presidente convidou os presentes para assistirem às entregas dos Diplomas de Cidadãos Eméritos à Senhora Rachel Cagi, pela Vereadora Letícia Arruda, ao Senhor Salvador Antonio Hackmann Célia, pelo Vereador Nelson Castan, e ao Senhor Lúcio Araújo de Quadros, pelo Vereador João Motta, bem como à entrega de uma lembrança da Casa aos Homenageados e, ainda, uma placa à Senhora Rachel Cagi, pelo Senhor Joelson Gomes da Silva e flores à Senhora Isabel Célia, pela Senhora Iara Castan. A seguir, o Senhor Presidente agradeceu a presença de todos e, nada mais havendo a tratar, declarou encerrados os trabalhos às dezoito horas e vinte e oito minutos, convocando os Senhores Vereadores para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelo Vereador Antonio Hohlfeldt e secretariados pelo Vereador Leão de Medeiros. Do que eu, Leão de Medeiros, 1º Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata que, após lida e aprovada, será assinada pelo Senhor Presidente e por mim.

 

 


O SR. PRESIDENTE (Antonio Hohlfeldt): Senhoras, senhores, a Casa tem uma tradição antiga de homenagear cidadãos naturais de Porto Alegre, ou que aqui chegaram em épocas diversas, desempenham profissionalmente, ou através de outras atividades, contribuições ou funções importantes na Capital do Estado. E a Casa decidiu, a partir do ano passado, de que ao invés de fazer homenagens individuais, deveria, até porque esses homenageados traduzem o próprio espírito da Cidade de Porto Alegre, se deveriam praticar essas homenagens em Sessões conjuntas e que, inclusive, através do Legislativo Municipal, se antes não ocorresse, os homenageados pudessem se conhecer e com isso ganharia, evidentemente, também as Sessões com a presença mais significativa de cidadãos que vem participar dessas homenagens.

Hoje é uma situação muito especial para esta Casa. A proposição da Verª Letícia Arruda homenageia um dos nomes mais conhecidos desta Cidade, que é Rachel Cagi, que tem um conjunto de tarefas sobretudo no Rádio - e quando ela falar muitos aqui irão lembrar imediatamente da sua voz -, que são realmente significativos; no tempo em que o rádio era o grande meio de comunicação neste País e nesta Cidade. A proposta do Ver. João Motta homenageia um músico, que, sem dúvida nenhuma, todos nós conhecemos e admiramos. A proposta do Ver. Nelson Castan faz uma homenagem que especialmente a mim me é muito grata. Menos, e eu sei que o Salvador vai entender o que eu quero dizer com isso, menos pelo empresário, pelo médico e, sobretudo, do meu ponto de vista que não retiro os demais méritos do Salvador, o mérito daquele que, na cidade de Canela, participou, com absoluto destaque, na montagem de um projeto que era fundamental para um novo pólo cultural naquele Município, que foi possível a partir do festival de teatro, que tem muito da marca registrada do Salvador, especialmente para mim, queria dizer isso de público ao Salvador, sem desmerecer a Rachel, e aos demais, porque cada um, na sua contribuição específica, somada traz três contribuições profundamente importantes a Porto Alegre, ao Rio Grande do Sul. A música, o rádio, e me permito, destacar, sobretudo, o rádio, sem diminuir todas as outras atividades da Rachel, porque esta me toca muito particularmente, como jornalista e radialista que sou, e do Salvador a contribuição ao teatro. Portanto, sem dúvida nenhuma, hoje é uma Sessão mais do que Solene, é uma Sessão de Gala para esta Casa, são três diferentes aspectos da cultura do Rio Grande do Sul, aqui nesta homenagem. Queremos registrar, dentre outras presenças, as do Sr. Abrãao Goldstein, da Wolens; representante do Banco Meridional Iguatemi, Maria Luiza Campos; Alexandra de Quadros, filha do Lúcio; Srª Eva Sopher, do Teatro São Pedro; Raul Carrion, Diretor da Fundasul; Wilson Müller, Vice-Presidente da CRTUR; Vereadores Emílio Fortes, Claudio e Ernesto Comelatti, companheiros de Canela, que assistem a homenagem ao Salvador, - e a Rachel me pede que mencione a Incorporadora Goldstein. Falarão, nesta Sessão, pela ordem, os Vereadores proponentes, a Verª Letícia Arruda, que falará em nome de todas as Bancadas da Casa para homenagear a Rachel; Ver. Nelson Castan, em nome de todas as Bancadas na homenagem a Salvador Célia e o Ver. João Motta em homenagem ao Lúcio, em nome de todas as Bancadas. Concedemos a palavra, neste momento a Verª Letícia Arruda.

 

A SRA. LETÍCIA ARRUDA: Rachel, minha querida homenageada!

Em ofício do Sindicato dos Manequins, Modelos e Recepcionistas de Eventos no Estado do Rio Grande do Sul, recebo a seguinte mensagem: “categoria profissional dos Manequins e Modelos do Estado do RGS, sente-se honrada e manifesta, com a presente, muito entusiasmo pela proposta apresentada por Vossa Excelência homenageando a personalidade de Rachel Cagi.

Um nome que sem dúvida, é digno à ‘Cidadã Emérita de Porto Alegre’, uma pessoa que em seus 20 anos de educação, ensino e preparo de nossos profissionais, sempre lutou pela moralização e dignidade dos manequins e modelos profissionais...”

Estas palavras traduzem o reconhecimento de uma classe ao incansável trabalho de uma “pequena grande mulher”: Rachel Cagi.

Inúmeros predicados a caracterizam: educada, requintada, gestos largos, declarações sinceras, inquieta ... e, principalmente, arrojada, decidida, pioneira!

Seu maior segredo: amor ao trabalho, à arte!

Assim descrevemos Raquel! E falar de seu talento é mesclar teatro, rádio, televisão e jornal ao brilho das passarelas, das luzes, dos flashs, do mundo da moda.

Nesse universo Raquel se esmera!

O belo para ser perfeito precisa ser um todo e é deste modo que Rachel busca a beleza de seus manequins, com retoque artístico, esboçando não apenas o que vemos externamente, mas lapidando todo o sentimento que emana de seu interior.

E é com o fruto desse trabalho que Rachel Cagi cativa aos expectadores dos grandes desfiles. Seus manequins transmitem vida e alegria, fazendo com que este mundo atribulado em que vivemos seja esquecido por instantes e se revista de graça e encantamento.

Muito mais poderia discorrer sobre tuas conquistas audaciosas para uma época não tão distante em que nós mulheres, dignas mulheres, não tínhamos o reconhecimento ao nosso trabalho fora do que nos foi culturalmente transmitido.

E Rachel inovou e conciliou! Teus filhos, teu marido também compartilham desta vitória! Rachel!

Sei que hoje é um dia particularmente feliz para ti, teus familiares, amigos,...

Marca um momento de emoção, talvez aquela muitas vezes sentidas em tuas estréias. Para nós, porém representa uma estréia muito peculiar:

Rachel Cagi, Cidadã Emérita de Porto Alegre!

Em tua homenagem, com a aquiescência de nosso poeta-maior, Mário Quintana, parafraseio um trecho de um poema que certamente traduz tua trajetória.

“Há tanta esquina esquisita,/ tanta nuance de paredes/ há tanta moça bonita/ nas ruas que não andei/ (e há uma rua encantada que em sonho sonhei)”

Tu sonhaste Rachel! Acreditou, venceu!

Nós, saudamos e agradecemos teu trabalho, fruto de um grande talento concedido a uma pessoa muito especial. Muito obrigada!

(Não revisto pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE: Registramos e passamos às mãos da homenageada, telex de Dirce Ferrari, Dep. Estadual Valdir Fraga, Cartão do General Ives Marconti, Sr. José Carlos Mello D'Ávila e Dep. Glei Santana.

Com a palavra o Ver. Nelson Castan, que falará pelas Bancadas do PDT, PDS, PMDB, PTB, PCB e PL na homenagem a Salvador Célia.

 

O SR. NELSON CASTAN: Ver. Antonio Hohlfeldt, Presidente desta Casa; demais homenageados que compõem a Mesa; suas esposas; esposos; senhores e senhoras que vêm aqui esta tarde, cada um prestar a sua homenagem ao seu homenageado, a sua pessoa.

É um momento muito importante para mim, como Vereador de Porto Alegre, ter esta oportunidade de homenagear o Dr. Salvador Célia.

É importante que esta homenagem seja estendida, também, como uma homenagem à Isabel, esposa do Célia, seja extensiva aos pais do Salvador, aos Vereadores de Canela. Veja que presença simbólica, neste momento, os Vereadores de Canela, onde Salvador Célia também é cidadão, onde Salvador Célia desenvolveu um trabalho social, de grande profundidade, desenvolvendo o projeto de teatro, destinado às comunidades simples, ao pessoal de origem social humilde.

Também, neste momento, estamos homenageando todos os auxiliares do Salvador, que nesta trajetória dele foram muitos. Na pessoa da psicóloga Norma Becker, homenageamos a todos aqueles que vêm trabalhando junto com Salvador Célia no seu trabalho de psiquiatria, no seu trabalho terapêutico.

E na pessoa da Drª Jane Saraiva homenageamos toda aquela comunidade de funcionários do Projeto Vida, e também na pessoa da Gléia homenageamos a toda a comunidade, aqueles usuários do Projeto Vida, que assim como eu, têm um enorme carinho pelo Salvador, uma enorme admiração.

Sempre nos perguntamos, por que homenagear o Salvador? As respostas vêm inúmeras. Se poderia dizer muita coisa do Sr. Salvador Célia, uma pessoa com uma formação profissional e intelectual impecável, profunda, honesta. Uma pessoa de atitudes íntegras, de comportamento, de seriedade, uma pessoa que se dedicou, que transpôs, que foi além do trabalho mais imediato, mais fechado, digamos assim, do consultório, de trabalho individual com seus clientes.

Mas, acho que tem uma razão, que para mim é a maior de todas e mais do que justifica esta homenagem que a Cidade de Porto Alegre presta ao Dr. Salvador Célia. É o fato de que o Salvador vive a sua atividade profissional. É uma característica extremamente contagiante com todos aqueles que têm a chance de conviver com ele, o entusiasmo, a convicção que ele tem do que está fazendo, ele passa isto aos seus auxiliares, aos seus companheiros, aos seus amigos, àqueles que convivem com  ele. E eu conheço pessoalmente o Salvador há relativamente pouco tempo, mas passei, neste período de conhecimento e convivência, a entender o sentido profundo que a atividade deste Cidadão de Porto Alegre tem, a responsabilidade com que ele leva os seus projetos. Isto é muito importante. Muitas vezes nós temos projetos que levam muito tempo, que maturam ao longo do tempo, projetos de altíssimo interesse social. E, para que esses projetos se viabilizem, são necessários apoios políticos. Então essa responsabilidade com que o Salvador Célia leva as suas atividades, e o Projeto Vida é um exemplo magnífico disso, é essa responsabilidade que lhe faz credor desta homenagem que nós como Vereadores lhe prestamos. Não é uma homenagem nossa, do Ver. Castan em particular, e sim de toda uma comunidade, que deposita no Salvador Célia as suas esperanças. Assim que eu aprendi que a pessoa do Salvador se confunde com os seus projetos. Nós tivemos a oportunidade de acompanhar a transição de Governo, e a felicidade que tivemos em vê-lo mantido na coordenação do Projeto Vida, e a comunidade me ensinou isso, a Gléia e os demais companheiros, que o Projeto Vida é irmão gêmeo do Salvador. O Salvador personifica aquilo. Tanto isto é verdade que a comunidade tinha um temor muito grande em, ao perder a coordenação do Salvador Célia, perder também o Projeto. Felizmente isto não aconteceu, mas as manifestações me ensinaram que o Salvador Célia, na sua sinceridade de propósitos, tem da comunidade esse reconhecimento. Então isto nós aprendemos ouvindo a comunidade da Zona Norte, ouvindo o trabalho magnífico que é realizado lá no Projeto Vida. Por isso eu digo que a pessoa e o Projeto acabam se fundindo, e um parece que se nutre do outro, e os objetivos vão sendo alcançados ao longo do tempo. Só para citar para vocês uma das frases feitas pelos usuários que utilizam toda aquela estrutura, todo o significado que é o Projeto Vida. No aniversário do “Vida” tinha uma das faixas que dizia o seguinte: “Sem o ‘Vida’, minha vida é uma vida sem vida.”

Tem um outro cidadão que dizia o seguinte:

“Sem o ‘Vida’, o que seria da minha coluna.” Porque ele aproveita o “Vida” para fazer a sua ginástica.

Então, veja que nas mais variadas formas esse reconhecimento é generalizado, esta aceitação da maneira com que o Salvador conduz aquele Projeto.

Gostaria de fazer uma citação de um autor, de um trecho que me parece muito significativo que diz o seguinte:

“O pai comprou para o filho um brinquedo: era um quebra-cabeças. O filho deveria reunir os pedaços do mesmo para formar o globo terrestre. Pelas complicações naturais, o garoto desistiu do presente. O Pai interrogou-o:

- Não conseguiste formar o mundo?

- Não. É muito difícil, respondeu o menino.

O pai sugeriu-lhe, então que formasse o corpo humano, que estava no verso do mapa.

O menino, observando seu próprio corpo, foi colocando as peças em seus lugares devidos, conseguindo assim formá-lo. Alegre pela proeza realizada, o garoto chamou seu pai e mostrou-lhe o feito heróico. O pai, ao ver que o filho conseguira montar a figura humana, disse-lhe:

- Olha o verso, e terás formado o mundo.

Então, estupefato, o menino constatou que, à medida que formara o homem, formara também o mundo.”

Com isso, quero dizer, que essa preocupação em formar meninos, em formar crianças, em formar pessoas, em consolidar a alta estima das pessoas, é a tarefa de toda a vida do Salvador Célia. Que bom que nós tivéssemos inúmeros “Vidas” espalhados por aí, que bom que nós tivéssemos uns quantos Salvador Célia também espalhados por aí. Muito obrigado.

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Registramos os cartões recebidos da Drª Miriam Longo Tormann; do Comandante da 3ª Divisão Militar, Gal. Marcondes; telex dos srs. Mirna e Jorge Appel; cartão do Diretor-Presidente da EPATUR, José Carlos de Mello D'Ávila dirigidos ao companheiro Salvador Célia a quem passamos esta correspondência.

Concedemos a palavra ao Ver. João Motta, na homenagem ao Sr. Lúcio Araújo de Quadros, falará em nome das Bancadas do PT, PDS, PDT, PMDB, PTB, PCB e PL.

 

O SR. JOÃO MOTTA: Exmo Sr. Ver. Antonio Hohlfeldt, Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre, demais autoridades que compõem a Mesa, prezados homenageados, senhores e senhoras.

“Gente da noite/ que não liga preconceitos/ têm estrelas na alma/ e a lua dentro do seu peito /gente da vida cansada.

Gente que ri e que chora/ chora de saudades/ quando a noite vai embora.”

Noite: o cansaço físico é substituído pelo apelo sensível de fazer da vida a arte; dos múltiplos sentidos que atordoam o ser humano, a música e através dela contar as histórias de amor, tristeza, alegria que mantém Porto Alegre uma Cidade viva.

Gente da noite: há um certo brilho nos seus olhos - luz de quem desfruta intensamente a síntese trabalho-vida, de quem não só constrói a arte da música, mas que com ela convive com a pluralidade da Cidade, com a multiplicidade de homens e mulheres e com a universalidade de humores, tipos e hábitos.

Lúcio do cavaquinho é a expressão viva desta gente: seus olhos são os de todos, sua música os canta, nos encanta e ao mesmo tempo cala aqueles que, comumente, não enxergam as estrelas “na alma”, muito menos “a lua no peito”.

Lúcio do cavaquinho ri e chora como quem conhece a provisoriedade dos momentos; sente saudades se a noite indo embora, o apanha ainda acordado, cansado, criando acordes para o dia que nasce.

Lúcio Araújo Quadros - o Lúcio do cavaquinho - é patrimônio da música gaúcha. Durante quinze anos, ininterruptamente, trabalhou profissionalmente na noite de Porto Alegre, onde foi Diretor Artístico de várias casas noturnas como Chão de Estrelas, Candelabro, Chão de Estrelas 2. Junto com Túlio Piva criaram uma  das melhores casas noturnas da Capital: O Gente da Noite.

Como produtor, criou, na década de 1970, a Estrela Neste Chão de Estrelas, onde apresentava, semanalmente, no palco do Chão de Estrelas, a vida e a obra de um cantor, um compositor ou um instrumentista. Nesta mesma época criou o Triunvirato do Samba, trio musical que marcou época na noite porto-alegrense.

Já gravou quinze lps e participou, com seu cavaquinho, em alguns shows com Nelson Gonçalves, Francisco Egídio, Altamiro Carrilho, Jamelão, Beth Carvalho, Luiz Airão, Moreira da Silva e outros.

Criou o espetáculo que batizou de Recital de Cordas, com seu amigo inseparável, um dos melhores violonistas de Porto Alegre, Jessé da Silva.

Formou o grupo de choro “Lamento” e foi o criador de um dos melhores espetáculos musicais do nosso Estado: o Lúcio do Cavaquinho e seu Show Artístico, onde ele mostra três gêneros musicais: o choro, o fado e o samba. Foi, também, um dos que inaugurou o projeto das quintas-feiras no Theatro São Pedro.

Natural de Rio Pardo, Lúcio do Cavaquinho tornou-se signo de Porto Alegre, é gente da noite, é lua, é estrela, é saudade, é trabalho, é pura dedicação e alma; mais do que isso, só quem pode nos dizer é o seu cavaquinho.

Lúcio, um abraço, com carinho, afeto e admiração!

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Queremos registrar a correspondência recebida dirigida ao homenageado. Do Vice-Governador do Estado; do Sr. Secretário de Indústria e Comércio do Estado; do Sr. Secretário de Estado, Trabalho e Ação Social Comunitária, Sr. Adroaldo Loreiro; do Deputado Luiz Carlos, Líder da Bancada do PFL na Assembléia do Estado do Rio Grande do Sul; do Sr. Diretor da EPATUR e telex do Deputado Mário Azeredo, Vice-Líder da Bancada do PDS.

Passamos esta correspondência ao homenageado.

Queremos registrar a presença do Sr. Zeno da Silva Azevedo, Presidente do Clube do Choro, Ver. Omar Ferri, nosso primeiro Vice-Presidente, integrante da Bancada do PDT, e parte da Mesa Diretora.

Concedemos a palavra a homenageada, Srª Rachel Cagi.

 

A SRA. RACHEL CAGI: Sr. Presidente da Câmara, Ver. Antonio Hohlfeldt, pessoa que tive o prazer de conhecer pessoalmente esta semana, mas que já me cativou; Luiz Carlos Lisboa, representando o Prefeito, meu particular amigo; Joel, Presidente do Sindicato dos Manequins; demais homenageados; componentes da Mesa. Em primeiro lugar, quero agradecer a Verª Letícia Arruda, esta mulher vibrante, dinâmica, que muito luta para que a mulher tenha o seu lugar na vida, ela luta com todas as forças para que nós consigamos aquilo que realmente é nosso direito, a mulher que agora está tendo um lugar mais apropriado, antigamente até ser desquitada era vergonha, hoje, não, ela hoje se distingue em várias áreas. Vou ser breve, agradeço a todos os Vereadores que aceitaram a proposição da Letícia Arruda que me concedeu esta láurea tão honrosa, neste momento, estou me refazendo,- tenho um agradecimento a todas as pessoas, mas, em particular, a uma pessoa que guiou a minha vida no setor profissional, este grande amigo de todas as horas, que me ensinou o que era o trabalho, Sr. Abraão Goldstein, Diretor das Organizações Wolens; naquela época me ensinou a subir os degraus, obrigada. Outro agradecimento ao meu amigo Ângelo Garbaski que confiou em mim toda a vida, este menino que conheci pequenininho e que acompanhou a minha trajetória, que acreditou e acredita em mim sempre. É um momento triste agora, porque eu quero fazer uma homenagem póstuma a um amigo que já se foi. Chamava-se Marcos Fischmen, meu agradecimento também a uma pessoa muito querida minha que chama-se Mário Nienov que é o que me produz sempre e que eu consigo ficar um pouco mais feia. A todos os meus amigos que aqui estou vendo. Ah, Valdemar, do tempo do Instituto de Educação, meu companheiro! Estou vendo gente que acompanhou a minha trajetória e seria impossível citar todos os nomes que aqui se encontram. Eu não quero pecar por isso, eu quero deixar o meu agradecimento também à imprensa escrita e falada, a todos os membros da RBS, em especial também uma homenagem póstuma, ao Maurício Sirotsky, que me deu toda forma, a todos os filhos dele e a todos que aqui estão, eu vou ser muito breve, a minha carreira eu devo a todos eles. Muito obrigado.

(Não revisto pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE: Concedemos, agora, a palavra ao Sr. Salvador Antônio R. Célia.

 

O SR. SALVADOR CÉLIA: Sr. Presidente da Mesa da Câmara Municipal de Porto Alegre, meu amigo Antonio Hohlfeldt; demais Vereadores; meu amigo Nelson Castan; familiares; homenageados-colegas; meus amigos. Quero inicialmente agradecer ao Ver. Nelson Castan a oportunidade que me dá novamente hoje de estar aqui neste recinto pela segunda vez neste ano, num momento tão importante para mim em que vejo tantos amigos aqui reunidos, alguns vindos de tão longe, como a bondade da minha amiga representando o pessoal do Uruguai, todos reunidos para um objetivo comum que este momento nos proporciona de um encontro e para muitos, até mesmo, de um reencontro. Graças à bondade do Ver. Nelson Castan e de seus colegas Vereadores para algo que todos estamos fazendo juntos: a humanização de nossa querida Cidade de Porto Alegre, principalmente na Zona Norte. Entendo essa homenagem à minha pessoa, como reconhecimento ao esforço de um grupo de homens e mulheres, esforço que fizeram e fazem - certamente continuarão fazendo - desde a sua criação e na sua manutenção, o nosso programa “Vida”, que tem como referência principal o nosso Centro Humanístico, localizado na Baltazar de Oliveira Garcia. Lembrei, ao escrever essas linhas, de um escrito de uma grande amiga minha, o qual sensibilizou-me e pensei ser oportuno para esta hora tão emocionante: “venho acumulando uma dívida com a vida - a serena certeza de ter tido a sorte de conviver e compartilhar a existência com o mesmo céu e o mesmo tempo com certas pessoas que não fizeram outra coisa além de abrir meus olhos, engrandecer meus dias, uma espécie de dádiva; poucas, valiosas e ternas pessoas.” Pois assim tenho vivido, encontrando-me, desencontrando-me e reencontrando-me, oferecendo uma oportunidade de viver a vida. Meus familiares Izabel, minha companheira e amiga, meus amigos do bairro da Glória, onde vivi minha infância e adolescência, meus colegas de Faculdade, meus colegas e amigos da vida profissional, que juntos realizamos alguns eventos que envolveram o Uruguai, a Argentina, América Latina, meus amigos hoje que estão aqui, que me prestigiam mais uma vez, da nossa bela e culta Canela, e agora meus amigos dos últimos três anos, os fanáticos, vibrantes sonhadores do Projeto Vida. Quando sonhamos sozinhos isso não passa de um sonho. Porém, quando sonhamos juntos, é um sinal de que começamos a viver a realidade. Essa frase, um dia, apareceu nas janelas do “Vida”, logo após a sua inauguração, de autor desconhecido, que passou para mim a ter um significado imenso. Lembrava-me de tudo que tínhamos passado juntos para fazermos o “Vida”. Tínhamos passado desafios sem nunca perder a capacidade do assombro, estávamos vivendo uma realidade. O sonho era de todos, dos amigos que formaram o primeiro grupo de pensadores iniciais do Projeto, dos amigos do segundo grupo, que até hoje muitos deles permanecem, e que seriam inúmeros - a maioria está - e os outros que complementaram o Projeto, todos, passamos a nos vincularmos. Refiro-me aos que aqui estão, representados pela Gléia e tantos outros companheiros, o pessoal, os amigos da comunidade da Zona Norte, comunidade do “Vida”.

A frase tão significativa não só foi para aqueles primeiros dias em que pisamos aquele solo firme, agora, do “Vida”, que se transformou, tal como na mitologia, do barro em algo firme, ou seja, a própria vida. Pensei, é algo mais do que uma frase, já é um lema cada dia que entramos naquele centro, pela sua grandeza física, - todos vocês precisam conhecer, ir lá olhar e criticar - pela sua imponência filosófica, pois o homem é integrado em ser bio-psico-social e político, o homem que começa na criança, no adolescente, no adulto, no pós-graduado da vida assim se referiu ao pessoal da terceira idade, nos faz viver, reviver, e nos encontrarmos, desencontrarmos e reencontrarmos. Enfim, viver num cotidiano que é um desafio constante, sem nunca perder a capacidade do assombro. O “Vida” está dando certo, não é um elefante branco que alguns imaginavam e esperavam que isso poderia acontecer, e esperamos que nunca possa acontecer o tal do elefante branco. Penso ser esta uma das explicações da magia que é o “Vida”, um dos segredos do “Vida”, da nossa gente, gente essa que se ampliou com a chegada dos novos colegas, funcionários também como nós que fizeram concurso para trabalharem nesse programa e que receberam o apoio da antiga e da nova diretoria da Fundasul que gerenciou sempre esse programa. Nossos novos companheiros, trouxeram, trazem, certamente trarão aquela energia, aquele respaldo necessário para a obra ir em frente. Foram contagiados pela vibração, pela magia que existe naquela casa, por ocasião do nosso primeiro aniversário em setembro último, no início de nossas atividades quando recebemos uma série de manifestações da comunidade como falou o Castan, comunidade esta hoje de 40 mil pessoas, de uma Zona Norte de 200 mil pessoas, se contarmos Alvorada vamos a 300 mil, que já tem algo ligado de suas vidas dentro do centro humanístico. Numa espécie de avaliação de um ano de trabalho, uma entre tantas outras manifestações dizia que comparava sua vida com a da “Gata Borralheira”, inicialmente triste, desesperançosa, hoje, diferente. O “Vida” deveria ser levado para todo o País, para que mais pessoas pudessem receber como ela, a vibração positiva e a força existente naquele centro. Certamente referindo-se à vibração com que trabalham os nossos colaboradores do “Vida”, os nossos funcionários, todos eles também com sua criatividade, criando projetos, dinamizando os antigos e mantendo em alto astral um local onde há uma explosão de energia como disse uma das adolescentes. Referências como fazer parte desse organismo comunitário. Vejam organismo comunitário, é o SERVI que atende a todos e a toda a família, revelam muito bem o espírito do Projeto construído com essa comunidade. Hoje com 160 Associações formando o conselho comunitário, com uma Comissão Executiva de 21 pessoas, muitos dos quais semanalmente ou diariamente discutem o “Vida”, as suas vidas também. A Zona Norte, suas realizações, seus problemas, uma forma de coo-gestão entre comunidades e técnicos desde o início de tudo em 1989. Referências como “o tipo de iniciativa que o ser humano necessita para que suas vidas se tornem mais saudáveis, proporcionando crescimento, sabedoria, para harmonizar e alcançar suas metas”. Ou como essa: “Com o ‘Vida’ deixei de ser - e aí aparecia no mural - Vegetativa, Incompleta, Doente, Amarga e agora com o ‘Vida’ apreendi, de novo, a viver, ver, ser inteligente e conhecer o direito de todos”. “Amar a si próprio”. Essas são muitas das expressões que recolhemos e que muito nos sensibilizou, mostrando que a proposta de se oferecer um espaço para o resgate da vida e da cidadania está se conseguindo. A recuperação da esperança, da autoestima, dos valores do ser humano, tão necessários para que se forme a base segura da personalidade, está a caminho naquele centro, naquela população. Um espaço para que a gente possa ser gente.

Dizem alguns: o que é o “Vida”? Uma escola? Um centro de saúde? Um centro de cultura? Um centro de ciência e tecnologia, que estamos abrindo agora um módulo do Museu de Ciência e Tecnologia, onde os nossos inventores da comunidade irão mostrar os seus inventos e as crianças irão brincar com os computadores, etc.? Um centro de lazer? Um centro esportivo? Um centro de iniciação profissional, e o Governador Collares quer colocar lá um CIEP profissionalizante? Um centro de apoio jurídico? Um centro de cidadania? O “Vida” é tudo e é de todos. Um lugar para os meninos de rua daquela zona. Para as mulheres desassistidas, negligenciadas, para os excepcionais, para os psicóticos, para os bebês desnutridos, para a terceira idade, assim chamados os pós-graduados da vida. Assim foi projetado e assim está procurando ser o “Vida”. Um local, um espaço para todos acorrerem, procurarem vínculos para serem escutados nas suas aflições, desesperanças e, se possível, recuperar a sua cidadania, com as disponibilidades existentes de nos voltarmos para o sadio, o positivo de cada ser humano, quando valorizado na sua cultura e na sua própria história.

Ao concluir, gostaria de agradecer pela homenagem, que aumenta a dívida que tenho para com a vida e com o Projeto Vida, que é de todos, de Simon e de seus colaboradores, que acreditaram no Projeto e na nossa equipe. De Collares e seus colaboradores, que valorizaram o trabalho, que tiveram a dignidade do reconhecimento dessa idéia, e que estão tratando, dentro do espírito do “Vida”, que não é de ninguém, é de todos, do seu esforço, agora cada vez maior, para aprimorar os projetos, concluir as obras e, dizia-me ele, até mesmo, se tiver oportunidade, tenho desejo de realizar um “Vida” também na Zona Sul de Porto Alegre. De vocês, Vereadores de Porto Alegre, que prestigiam uma filosofia, a ação de um grupo de homens e mulheres, uma comunidade na busca de uma Porto Alegre mais justa e feliz; da tua sensibilidade Castan, trazendo Darci Ribeiro em novembro de 1990, numa ocasião em que tanto nos apoiou. A homenagem ao Projeto Vida e agora um de seus fundadores e estimuladores.

E por último aos meus amigos que trouxeram o seu abraço e reforço para o nosso grupo.

Meus desejos são que possamos organizar outros centros humanistas, não importando o tamanho, e sim as idéias. E, se não conseguirmos realizar grandes centros, que pelo menos permaneçam com àquele jeito de enfrentar o cotidiano da vida, ou seja, fazendo pequenas coisas, todas ligadas à criatividade, à recuperação da auto-estima, que sabemos que na verdade não nos tiram do subdesenvolvimento, não realizam os meios de produção, porém, desencadeiam uma série de atitudes comportamentais e emoções que se traduzem em atos originados da alegria de poder atuar sobre a realidade e mudá-la, embora só um pouquinho, mas isso nos traz uma alegria muito grande.

Precisamos muito para nossa Porto Alegre de 400 mil favelados, - favelados do espírito da vida -, a energia, a vibração para enfrentar o desafio constante sem nunca perde a capacidade do assanho, uma das magias da vida. Muito obrigado, Srs. Vereadores.

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Concedemos a palavra ao homenageado Lúcio Araújo de Quadros.

 

O SR. LÚCIO QUADROS: Exmo Sr. Ver. Antonio Hohlfeldt; autoridades que compõem a Mesa; homenageados; senhores e senhoras aqui presentes.

Confesso a vocês que neste momento me sinto completamente emocionado, mas de público quero fazer um agradecimento muito especial a duas pessoas, duas pessoas que são as responsáveis pelo que está acontecendo neste momento. Essas duas pessoas há alguns meses se encontraram e em uma conversa acharam que eu merecia receber esse tão honroso título que é o de Cidadão Emérito da Cidade de Porto Alegre. Elaboraram um Projeto e este foi apresentado a esta Câmara, que o aprovou por unanimidade. Então, o meu muito obrigado de coração ao autor desse Projeto, brilhante Vereador do PT, João Motta e, ao mesmo tempo, ao meu querido amigo, companheiro, grande compositor e sambista Túlio Piva, que está presente. E digo a vocês que já recebi inúmeras homenagens ao longo de minha vida artística mas, sinceramente, esta, para mim, foi a mais significativa e a que mais me sensibilizou.

Prometo a vocês que enquanto puder, enquanto tiver vida continuarei dando a minha modesta contribuição artística ao povo da minha terra.

Quero agradecer, também, a minha esposa, meus filhos e meus familiares que muita força me dão, e muito incentivam a minha arte.

Agradeço, também, a este Legislativo, que aprovou por unanimidade este Projeto.

Agradeço a todos vocês, meus amigos que aqui vieram para me abraçar. Muito obrigado. (Palmas.)

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Queremos convidar os Vereadores Letícia Arruda, Nelson Castan e João Motta para fazer a entrega dos títulos respectivos de Cidadão Emérito a Rachel Cagi, Salvador Célia e Lúcio Araújo de Quadros.

 

(É feita a entrega dos títulos.)

 

O SR. PRESIDENTE: Há alguns anos, a Câmara tem deixado uma pequena lembrança, que é um conjunto de xícaras e pires de cafezinho com o brazão da Câmara Municipal e da Cidade de Porto Alegre.

Queremos convidar, também, o Presidente do Sindicato dos Manequins e Modelos, Joelson Gomes da Silva, para fazer a entrega de uma placa a Rachel Cagi.

 

(É feita a entrega da placa.)

 

O SR. PRESIDENTE: Convidamos a Srª Iara Castan para fazer a entrega a esposa do Salvador Célia, Dona Isabel, de um buquê de flores. 

 

(É feita a entrega das flores.)

 

O SR. PRESIDENTE: Queremos agradecer a presença de todos os senhores e senhoras, especialmente aqueles convidados que vieram de longe, aqueles companheiros da Câmara Municipal da Cidade de Canela. Dizer uma vez mais a Rachel Cagi, ao Lúcio Quadros, e ao Salvador Célia da emoção especial desta Sessão, três aspectos diferentes da nossa cultura, simultaneamente homenageados com suas presenças na Cidade de Porto Alegre. E, sobretudo, três pessoas que não se limitam a uma única atividade e que as suas atividades profissionais souberam sempre somar a contribuição à comunidade.

É isto exatamente que estes diplomas e estas homenagens registram.

Ao encerrar esta Sessão, queremos convidar a todos para, a partir de agora participarem de uma pequena homenagem musical que foi preparada para o Lúcio, mas que tenho certeza de que ele vai estender aos demais homenageados na tarde de hoje. Esta homenagem será prestada pelo Lauro Quadros, irmão do Lúcio; e pelo Túlio e o Grupo Lamento.

 

(Levanta-se a Sessão às 18h28min.)

 

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